A B3 (B3SA3), operadora da bolsa de valores brasileira, anunciou nesta quinta-feira (7) um lucro líquido recorrente de R$ 1,28 bilhão no segundo trimestre de 2025, resultado que representa um crescimento de 4,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. O desempenho foi impulsionado por uma combinação de fatores operacionais e financeiros.
Segundo o balanço divulgado pela companhia, a melhora nos resultados decorre de uma “performance operacional resiliente” e de um resultado financeiro positivo de R$ 135,7 milhões entre abril e junho. O lucro líquido recorrente — indicador que desconsidera efeitos extraordinários para refletir o desempenho real das operações — é um dos principais balizadores da rentabilidade das empresas listadas.
A receita líquida da B3 totalizou R$ 2,54 bilhões no segundo trimestre, o que representa um avanço de 3,5% na comparação anual. Essa receita abrange as atividades relacionadas à negociação de ativos, prestação de serviços de infraestrutura ao mercado financeiro e venda de dados para investidores e instituições.
Além do bom desempenho operacional, a B3 também se beneficiou de efeitos fiscais decorrentes da incorporação das empresas Neoway e Neurotech. A partir de 1º de abril, a companhia passou a aproveitar um benefício fiscal de R$ 40,7 milhões, relacionado à amortização de ágios — valor excedente pago em aquisições de empresas — dessas operações. Esse crédito fiscal poderá ser utilizado ao longo de cinco anos e deve totalizar cerca de R$ 750 milhões em benefícios.
As incorporações visam fortalecer a área de analytics e inteligência de dados da B3, segmento que vem ganhando relevância estratégica no mercado financeiro.