O agronegócio brasileiro abriu 25 mil empregos com carteira assinada em setembro, impulsionado pelo avanço das atividades de fabricação de açúcar e cultivo de cana-de-açúcar, segundo levantamento divulgado nesta quarta-feira (12) pela Confederação Nacional de Municípios (CNM). O saldo positivo resulta de 239.320 contratações e 214.310 desligamentos.
Pequenos municípios puxam a geração de vagas
As cidades de pequeno porte responderam por mais da metade dos novos postos. Elas abriram 13,8 mil empregos, o equivalente a 55% do saldo mensal. Ao todo, 2.405 municípios registraram crescimento nas contratações, enquanto 1.984 apresentaram redução.
Açúcar e cana respondem pela maior parte das contratações
O setor sucroenergético — que reúne atividades ligadas à produção de açúcar, etanol e derivados da cana — foi novamente o principal vetor de expansão do mercado de trabalho rural.
A fabricação de açúcar em bruto gerou 16,1 mil vagas, enquanto o cultivo de cana-de-açúcar abriu 3 mil. As duas frentes somaram mais de 75% do saldo positivo do mês.
Entre os municípios com maior criação de postos estão Rio Largo (AL) e Rio Formoso (PE), ambas com cerca de 1,7 mil novos empregos, seguidas por Campo Alegre (AL), que somou 1,6 mil.
Café e fumo registram cortes
O desempenho geral foi limitado por perdas no cultivo de café, que fechou 4,9 mil vagas em 457 cidades. Outro recuo ocorreu no processamento industrial do fumo, com 2,6 mil postos a menos distribuídos em 17 municípios.
No acumulado de 2025, os cortes mais intensos aparecem no cultivo de dendê (–3,6 mil vagas) e na produção de sementes certificadas (–1,5 mil). Sementes certificadas são materiais de plantio produzidos sob controle técnico, usados para elevar produtividade e reduzir riscos agrícolas.
Desempenho supera 2024, mas segue abaixo de 2023
Mesmo com oscilações entre setores, o resultado de setembro foi superior ao de 2024, quando o agronegócio havia criado 21,6 mil empregos no mês. Ainda assim, ficou abaixo de 2023, que registrara 31,3 mil novas vagas.
Para a CNM, os dados reforçam a relevância estrutural dos pequenos municípios na absorção de mão de obra no campo, sobretudo nas cadeias da cana e do açúcar. O informativo completo está disponível na Biblioteca Virtual da entidade.






























