Os preços de venda e locação de imóveis comerciais cresceram em ritmo mais lento em setembro, segundo o Índice FipeZAP, que acompanha salas e conjuntos de até 200 metros quadrados nas principais cidades do país.
O levantamento mostra que o valor de venda subiu 0,10% no mês, e o de locação aumentou 0,77%. Ambos os índices ficaram abaixo dos de agosto, que haviam sido de 0,25% e 1,05%. Com isso, o mercado demonstra perda de fôlego. No mesmo período, a inflação medida pelo IPCA foi de 0,48%, e o IGP-M, de 0,42%, o que representa leve desvalorização real dos preços.
Desempenho regional
Entre as dez cidades pesquisadas, Curitiba (+1,38%) e Salvador (+1,18%) lideraram as altas nos preços de venda. Por outro lado, o Rio de Janeiro (–0,78%) e Belo Horizonte (–0,07%) tiveram queda.
No segmento de locação, Florianópolis (+1,51%) e Rio de Janeiro (+1,30%) apresentaram os maiores avanços. Em contrapartida, Brasília (–0,23%) e Niterói (–0,09%) registraram recuos.
Resultados acumulados
De janeiro a setembro, os imóveis comerciais à venda somaram alta de 2,31%. Enquanto isso, os aluguéis avançaram 7,08%. O IPCA acumulou 3,64%, ao passo que o IGP-M caiu 0,94%.
Nos últimos 12 meses, o preço médio de venda subiu 2,47%, e o de locação, 8,65%. Ainda assim, ambas as variações ficaram abaixo da inflação oficial de 5,17%.
Valores e rentabilidade
Em setembro, o preço médio de venda de salas e conjuntos comerciais de até 200 m² foi de R$ 8.608 por metro quadrado. O aluguel atingiu R$ 48,85 por metro quadrado.
São Paulo continua com os valores mais altos: R$ 10.391 por metro quadrado para venda e R$ 58,22 por metro quadrado para locação. Além disso, a capital paulista se mantém como principal referência de preços no segmento corporativo.
A rentabilidade média da locação comercial — relação entre o valor anual do aluguel e o preço do imóvel — ficou em 7,03% ao ano. O resultado supera o rendimento médio dos imóveis residenciais (5,94% ao ano). Mesmo assim, permanece abaixo de aplicações conservadoras, como títulos públicos atrelados à taxa Selic.
Entre as capitais, Salvador teve o maior retorno, com 10,11% ao ano, seguida por Campinas (8,60%) e Brasília (7,21%). Dessa forma, a capital baiana lidera a lista de rentabilidade comercial no país.






























