A WEG comprou a Sanelec, fabricante indiana de reguladores de tensão e sistemas de controle para usinas de geração de energia, por US$ 5,2 milhões, segundo comunicado divulgado nesta quinta-feira (11). A operação envolve a aquisição integral da companhia sediada em Bangalore. Além disso, será concluída após a finalização dos trâmites regulatórios e possíveis ajustes previstos nesse tipo de transação.
Expansão internacional da Reivax
Criada em 1998, a Sanelec atua com soluções essenciais para o funcionamento seguro e estável de geradoras de energia. Entre elas estão reguladores automáticos de tensão e sistemas de excitação, que controlam o fluxo elétrico nos geradores. A empresa tem cerca de 40 funcionários e registrou US$ 2,3 milhões em receita líquida em 2024, com margem Ebitda de 29%.
(Ebitda é o indicador que mede o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização.)
A Sanelec já operava como parceira exclusiva da Reivax na Índia. A Reivax, por sua vez, foi adquirida pela WEG em 2024 e é especializada em automação e controle para o setor de energia. Por isso, segundo a empresa brasileira, a compra busca ampliar a atuação global da Reivax. Ademais, pretende apoiar a base atual de clientes e fortalecer a presença em mercados emergentes de soluções para controle de geração elétrica.
Expectativas para 2026 e desafios de curto prazo
Em relatórios recentes, bancos internacionais destacaram que a WEG vive um período de transição. O Bank of America, após encontro com investidores, afirmou que a companhia mantém seus drivers estruturais de longo prazo. Contudo, ainda enfrenta alguns obstáculos conjunturais, como a fraca demanda interna por geração de energia e incertezas sobre tarifas nos Estados Unidos.
A empresa estima que a receita continue pressionada até meados de 2026. Isso ocorre, principalmente, por causa das comparações desafiadoras em energia eólica — até o quarto trimestre de 2025 — e solar — até o segundo trimestre de 2026. Além disso, pesam a valorização do real e o menor volume de pedidos de longo ciclo, influenciado pelas taxas de juros no Brasil e pela política comercial americana.
Por outro lado, a demanda de curto ciclo segue firme. Esse movimento é impulsionado por reajustes de preços no mercado americano, sinais de recuperação na Europa e melhora gradual na Ásia-Pacífico.
Projeções de retomada
A WEG prevê que o crescimento volte a acelerar a partir do segundo semestre de 2026. Isso deve acontecer quando o impacto cambial diminuir e as bases comparativas do setor de renováveis se normalizarem. Em 2027 e 2028, a expansão tende a ser ainda mais intensa, já que a nova capacidade de transmissão e distribuição (T&D) entrará em operação.






























