A Telefônica Brasil, controladora da Vivo (VIVT3), reportou lucro líquido de R$ 1,34 bilhão no segundo trimestre de 2025, avanço de 10% em relação ao mesmo período do ano anterior. O resultado, divulgado nesta segunda-feira (28), ficou próximo da expectativa média de analistas consultados pela LSEG, que previam R$ 1,37 bilhão.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) totalizou R$ 5,93 bilhões no trimestre, crescimento de 8,8% na base anual. A margem Ebitda avançou 0,6 ponto percentual, para 40,5%, mantendo-se alinhada com as projeções de mercado.
O desempenho financeiro foi impulsionado por ganhos operacionais tanto no segmento móvel quanto no fixo. A receita operacional líquida da companhia atingiu R$ 14,65 bilhões, refletindo alta de 6,7% nas operações móveis e de 8% nas receitas fixas — puxadas principalmente pelos serviços de fibra ótica (FTTH), dados corporativos e soluções digitais.
A base de clientes móveis chegou a 102,5 milhões, com destaque para o pós-pago, que cresceu 7% em um ano e passou a representar quase 70% do total de acessos. A receita com serviços móveis somou R$ 9,6 bilhões, alta de 7,3% no comparativo anual, favorecida pela migração de clientes do pré-pago e pela aquisição de novas assinaturas. O ARPU (receita média por usuário) móvel atingiu R$ 31,1, o maior da história da companhia.
No segmento de fibra, o número de domicílios conectados alcançou 7,4 milhões, avanço de 12,6% em relação ao 2T24. A expansão da rede FTTH permitiu alcançar 30,1 milhões de casas passadas em 447 cidades, enquanto o churn da fibra atingiu a menor taxa histórica da empresa: 1,46%.
Além do crescimento orgânico, a Vivo fortaleceu sua estratégia de longo prazo com a aquisição de 50% adicionais na FiBrasil, elevando sua participação para 75% na empresa de rede neutra. A operação, avaliada em R$ 850 milhões, amplia a capilaridade da companhia no fornecimento de fibra fora do estado de São Paulo.
A receita com dados corporativos, tecnologia da informação e serviços digitais aumentou 20,7% na comparação anual, totalizando R$ 1,36 bilhão no trimestre. No acumulado de 12 meses, os serviços digitais B2B geraram R$ 4,75 bilhões, um crescimento de 31,3%, reforçando o posicionamento da Vivo como um hub digital completo.
No campo financeiro, o fluxo de caixa operacional somou R$ 3,49 bilhões (+12,2% a/a), enquanto os investimentos totalizaram R$ 2,44 bilhões, representando 16,7% da receita líquida. A dívida líquida ajustada atingiu R$ 10,65 bilhões, ainda sob controle, e a empresa manteve caixa líquido de R$ 3,9 bilhões ao final de junho.
Até julho de 2025, a Telefônica Brasil distribuiu R$ 5,23 bilhões aos acionistas, incluindo juros sobre capital próprio, recompra de ações e redução de capital. A companhia reafirmou seu compromisso de distribuir no mínimo 100% do lucro líquido anual entre 2024 e 2026, superando a meta em 2024, com payout de 105,3%.
O diretor financeiro, David Melcon, destacou que os resultados refletem a solidez da estratégia da companhia: “Houve crescimento consistente de receita, expansão de margem e geração robusta de caixa, reforçando nosso compromisso com a criação de valor para os acionistas.”
A TIM Brasil (TIMS3), principal concorrente do setor, divulgará seus resultados do segundo trimestre na próxima quarta-feira (30), após o fechamento do mercado.