(Por redação do Cash Post, publicado em 24 de abril de 2025 às 13:32)
O Banco Central do Brasil apontou que já há sinais iniciais de desaceleração do PIB, mas ainda é cedo para confirmar se essa tendência vai se manter. Durante um evento em Washington, o diretor de política econômica da instituição, Diogo Guillen, comentou que, embora haja uma expectativa de queda na taxa de crescimento de 3,4% para 1,9% entre 2023 e 2024, o cenário é cheio de incertezas vindas de diferentes setores da economia.
Entre os sinais observados, Guillen destacou a queda no consumo das famílias no último trimestre como um indicativo de moderação. No entanto, ele também lembrou que as revisões de trimestres anteriores mostraram um desempenho melhor do que o esperado, o que sugere uma possível recuperação. O setor de crédito apresenta uma leve mudança, mesmo com os juros altos, indicando que os volumes de transações estão começando a se estabilizar.
Guillen também afirmou que a inflação continua acima da meta, o que revela uma preocupação constante do Comitê de Política Monetária (Copom) com as expectativas inflacionárias dos agentes econômicos. O cenário internacional também é relevante, mas suas consequências para o Brasil são limitadas, refletindo o nível de abertura da economia nacional.
Diante desse cenário incerto, é fundamental que a política monetária mantenha cautela e flexibilidade. Guillen ressaltou a importância de ter uma abordagem cuidadosa em um período de pouca visibilidade, ajustando as estratégias conforme novas informações e condições econômicas forem surgindo.