A Casas Bahia (BHIA3) elegeu André Luiz Helmeister e Jackson Medeiros de Farias Schneider para o Conselho de Administração. A decisão ocorreu em assembleia geral extraordinária realizada em 4 de setembro de 2025, em São Paulo. O mandato vai até a assembleia ordinária que analisará as demonstrações financeiras de 2025. Assim, a governança passa por ajuste relevante após a entrada da Mapa Capital no bloco de controle.
O que muda no conselho
Com as novas indicações, o colegiado passou de cinco para sete membros. Além disso, foram mantidos quatro conselheiros e incorporados dois nomes. Dessa forma, o Conselho de Administração fica composto por:
- Renato Carvalho do Nascimento (presidente e independente)
- André Luiz Helmeister
- Claudia Quintella Woods (independente)
- Fernando Beda
- Jackson Medeiros de Farias Schneider (independente)
- Raphael Oscar Klein
- Rogério Paulo Calderón Peres (independente)
Por outro lado, as funções e comitês internos seguem sem alteração anunciada. No entanto, a ampliação do colegiado tende a reforçar a supervisão estratégica.
Instalação do conselho fiscal
Na mesma AGE, os acionistas aprovaram a instalação do conselho fiscal, com três membros efetivos e três suplentes, também com mandato até a assembleia ordinária de 2025. Em seguida, foram eleitos:
- André Coji (efetivo) e Susana Hanna Stiphan Jabra (suplente)
- Mauro da Motta (efetivo) e Fernando Perez Romanelli (suplente)
- Glauber César de Souza (efetivo) e Luiz Carlos Zavata (suplente)
Consequentemente, a companhia fortalece o monitoramento de suas contas e controles internos.
Contexto: reestruturação e entrada da Mapa Capital
A mudança ocorre após a conversão de R$ 1,6 bilhão em dívidas da varejista em ações. Portanto, a Mapa Capital tornou-se a maior acionista, passando a deter cerca de 85,5% do capital social. Assim, o movimento integra o plano de transformação da estrutura de capital.
O que são debêntures? Debêntures são títulos de dívida emitidos por empresas. Quando convertidos em ações, deixam de representar passivo financeiro e passam a compor o capital próprio. Desse modo, há redução do endividamento e reforço do patrimônio líquido. No caso da Casas Bahia, a Domus, subsidiária da Mapa Capital, assumiu debêntures que eram detidas por Bradesco (BBDC4) e Banco do Brasil (BBAS3) e, posteriormente, realizou a conversão. Logo, a gestora consolidou influência na governança.
Em síntese, a ampliação do conselho e a ativação do conselho fiscal caminham junto com a nova estrutura acionária. Por fim, a companhia sinaliza continuidade do processo de ajuste financeiro e de governança.