(Por redação do Cash Post, publicado em 19 de maio de 2025 às 18:43)
O Ibovespa encerrou o pregão desta segunda-feira (19) em alta de 0,32%, aos 139.636,41 pontos, impulsionado pelo desempenho dos grandes bancos e pela expectativa de manutenção da política monetária. O principal índice da bolsa brasileira chegou a tocar os 140 mil pontos pela primeira vez, refletindo o otimismo do mercado diante do cenário interno estável e dos sinais emitidos pelo Banco Central.
A fala do presidente da autoridade monetária, Gabriel Galípolo, em uma conferência pela manhã, foi interpretada como indicativo de que a Selic deverá permanecer elevada por um período prolongado. “Realmente precisamos manter uma taxa de juros num patamar bastante restritivo por um período prolongado”, afirmou Galípolo, em referência ao combate à inflação e à necessidade de ancoragem das expectativas econômicas.
Bancos puxam alta; Banco do Brasil e Marfrig recuam
Entre os destaques do dia, as ações do Itaú Unibanco subiram 1,19%, liderando os ganhos no setor financeiro. Bradesco e Santander também avançaram, contribuindo para a valorização do índice. Já o Banco do Brasil registrou desempenho negativo, pressionado por reações desfavoráveis aos seus resultados trimestrais.
No setor de alimentos, JBS teve alta relevante, em meio à expectativa por deliberações estratégicas em assembleia de acionistas prevista para os próximos dias. Em contrapartida, os papéis da Marfrig recuaram, corrigindo parte da valorização acumulada na última sessão.
O volume financeiro movimentado na B3 foi expressivo, somando R$ 20,95 bilhões no dia.
Política monetária e cenário externo seguem no radar
O tom mais conservador do Banco Central foi bem recebido por investidores, que veem na estabilidade dos juros um pilar para previsibilidade nos investimentos. Analistas do mercado estimam que o Copom manterá a Selic em 14,75% ao ano na próxima reunião, reforçando a estratégia de controle inflacionário.
Apesar da influência de fatores externos, como a volatilidade em Wall Street e os rebaixamentos recentes da nota de crédito dos Estados Unidos, o ambiente doméstico se mantém resiliente. Para especialistas, o Brasil apresenta oportunidades relevantes no longo prazo, sobretudo para investidores com apetite por ativos ligados ao ciclo interno da economia.