A petroleira Prio (PRIO3) prevê alcançar a marca de 200 mil barris de petróleo por dia (bpd) até 2026, o dobro da produção registrada em 2023, que foi de cerca de 100 mil bpd. A estimativa foi apresentada pelo presidente da companhia, Roberto Monteiro, durante evento que celebrou os dez anos de atuação da empresa no setor de óleo e gás.
Segundo Monteiro, a expansão da produção está diretamente relacionada ao avanço do campo de Wahoo e à recente aquisição do campo de Peregrino. A empresa aguarda a licença ambiental do Ibama para interligar os poços produtores de Wahoo, etapa fundamental para o início da operação no ativo.
“Nosso portfólio foi montado com foco em eficiência. Buscamos sinergias operacionais ao concentrar nossos campos em áreas marítimas próximas e operamos nossos próprios navios-plataformas”, explicou o CEO.
O executivo destacou que a estratégia de crescimento da Prio está ancorada em ganhos de produtividade e retorno financeiro. Apesar do cenário internacional instável, marcado por conflitos no Oriente Médio e alta nas cotações globais do petróleo, Monteiro afirmou que a companhia baseia suas decisões em critérios técnicos e operacionais, e não em variações momentâneas do mercado.
“É um horror dizer que uma guerra pode ser positiva, mas é a realidade do mercado. O Brasil, felizmente, é um país estável geopoliticamente e tem ampliado sua produção de petróleo”, afirmou, em conversa com jornalistas.
Durante o evento, Monteiro também revelou que a Prio avalia participar do leilão de petróleo da União, organizado pela Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA), que ocorrerá na B3, em São Paulo, na próxima quinta-feira. Embora a empresa já tenha participado de edições anteriores, a decisão final ainda está em análise.
“São volumes pequenos, mas que contribuem para o nosso portfólio de trading”, completou.
A Prio tem se consolidado como uma das principais operadoras independentes de petróleo no país, com um modelo de negócios centrado na exploração de campos maduros e reestruturação de ativos com potencial de valorização. A projeção de dobrar a produção nos próximos meses reforça o posicionamento da companhia como uma das protagonistas na transformação do mercado offshore brasileiro.